Dolores Hart era uma estrela do cinema. Aos vinte anos era a namoradinha de Elvis
Presley em dois filmes: “A Mulher Que eu Amo/1957” e “Balada Sangrenta/1958”.
Dividiu a cena com Anna Magnani, em “A Fúria da Carne/57” e com Montgomery
Clift, em “Lonely Hearts/58”. Valia no mercado de atores de Hollywood, um
milhão e dólares, dinheiro fortíssimo na época. Estava em cartaz na Broadway há
um ano, quando resolveu virar freira beneditina e abandonou tudo, inclusive um
casamento marcado e com vestido pronto, criado e produzido por Edith Head. Ano
passado as cineastas Rebecca Cammisa e Julie Anderson dirigiram o documentário/curta,
de 37 minutos, entrevistando a, agora com 73 anos, Madre Superiora Dolores
Hart. O documentário chamado “God is The Bigger Elvis”concorreu ao Oscar
(perdeu para “Saving Face”) e é em seus poucos minutos, uma lição de amor,
meditação e paz. Assisti hoje pela manhã na HBO/Max e na suavidade e nas
revelações de Madre Dolores e suas freiras beneditinas estive o tempo todo com
os olhos marejados porque é belo ver o ser humano encontrar-se sem desrespeitar
seu corpo e sua alma. Madre Dolores fala de amor, sexo, arte, Deus e Hollywood
com tranquilidade e paixão, sem cair nunca em moralismos ou ressentimentos. É
uma mulher em paz com seu coração. E assim é esse belo filme.
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