Fernando Turri, Adriana Fróes e Igor Augustho... ótimos!
Quinta-feira, duas horas da tarde, Teatro. Só no Festival de Curitiba
mesmo! E fui ao Café Teatro Toucher La Lune pela primeira vez. Assistir “Peripécias
– Histórias para Crianças nem um pouco Inocentes”- Em primeiro lugar, uma
beleza o teatro. Delicado, charmoso, com um café lindo na entrada, onde tocava
Chico Buarque num toca-discos e um LP rodando. Uma delícia. E o espetáculo? Ah,
que bom! Eu penso que o começo de tudo é o conhecimento de causa. Dois piás e
uma guria, novinhos, intensos e talentosos. Fazendo teatro com as suas
inquietações e com a sua poesia muito própria, conhecidíssima por eles mesmos e
que pulsa, na boa, em cada pedaço dos seus corpos. Organicidade pura! E mais ainda, sai pela boca
com voz firme, presente, artística e, realmente, cênica! O assunto? O título
diz tudo! São as crianças e os adolescentes peitando a vida com suas lógicas
muito próprias e suas soluções, às vezes tortas, às vezes certeiras, às vezes
fantasiosas. E o que impressiona neste suave espetáculo é a absoluta
sinceridade de tudo! É lindo ver aqueles três meninos (Adriana Fróes, Igor
Augustho e Fernando Turri), muito artistas de teatro e tão jovens, de peito aberto,
dizendo o que têm vontade de dizer e, de verdade, fazendo teatro de reflexão,
teatro que quer dizer coisas (e diz!), tudo com muita inocência, humor e
inteligência. O texto é uma joia poética. Tem um fechamento emocionante que vai
em lugar de excelente dramaturgia. Uau! E ainda mais duas coisas importantes!
Direção calma, suave e consciente de ritmo e tonalidade da Éri Buhrer, além de
uma sonoplastia perfeita! Que delícia! Como me fez bem ter ido ao Touché La
Lune neste começo de tarde! Parabéns! São e serão grandes teatreiros!
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