Ontem, no Teatro José Maria Santos, o espetáculo “PÓLVORA E POESIA”, de
Alcides Nogueira, com direção de Fernando Guerreiro, abriu a “Mostra Baiana no
Fringe 2013, do Festival de Curitiba”. As mostras e curadorias diversas do
Fringe são iniciativas excepcionais, para o público e (principalmente) para os
artistas que deitam e rolam na leitura que cada Brasil faz dele mesmo e da arte
teatral. Uma delícia ouvir nossos diversos sotaques nos diversos palcos de
Curitiba. O FRINGE podia caminhar nessa direção e se tivesse sempre o apoio que
a Mostra Baiana está tendo da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, a
palavra “integração” ganharia outros contornos no Festival. “PÓLVORA E POESIA”
é um texto que tenho na alma e no coração. Assisti a montagem que o Márcio
Aurélio fez em São Paulo e, quando trabalhava na Fundação Cultural de Curitiba,
trouxemos ele para ensaiar uma leitura ensaiada por uma semana inteira no
Teatro Londrina. Na época meu querido Elder Gatelly fez Rimbaud e o grande
Helio Barbosa viveu Verlaine. A montagem baiana é intensa e comprometida. Forte
e muito bem coreografada. Os atores entregam-se aos extremos, como deve ser o
bom teatro. E apresenta um menino excepcional: Talis Castro, fazendo um Rimbaud
da ponta dos dedos dos pés até o último fio de cabelo. Hoje ainda tem duas
apresentações, uma às 18h e outra às 21h. E a “Mostra Baiana” segue até o final
do festival. Muito bom!
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