quinta-feira, 30 de maio de 2013

Um péssimo ano para Renato Russo…!


... e ele não merecia! Quando acaba “Faroeste Caboclo”, de René Sampaio e surgem os créditos, entra também Renato Russo cantando sua música que dá nome ao filme. É um alívio. Temos, finalmente, alguma coisa boa para curtir no cinema: um cantor excelente, uma música excelente e uma letra incrível! Porque o filme é ruim de doer! Pra começo de conversa tem roteiro de novela e diálogos terríveis, a isso se soma uma edição didática e lenta que chega a dar sono, além de explicar tanto, mas tanto, aquilo que estamos carecas de saber que o que resta é começar a pensar no que se vai fazer no dia seguinte até que aconteça alguma coisa nova. Nova? Não acontece absolutamente nada de novo neste filme e quando parece que vai acontecer, vem a direção e se encarrega de puxar o freio de mão. Um exercício de falta de ritmo cinematográfico que é digno de estudo. Quase no fim quando o óbvio, do óbvio, do óbvio acontece que é o tal duelo entre o bandido do mal e o bandido do bem, entra uma música a lá Enio Morricone, que  se num filme de Sergio Leone ou Quentin Tarantino soa como delicioso efeito dramático, nesse filme com cara de novela das sete, rola a comédia; e o que era pra ser dramático fica cômico. Uma pena. As interpretações? Bem, começa que onde não tem personagem, nem profundidade dramática não há a menor possibilidade de se interpretar alguma coisa, então que, por exemplo, Ísis Valverde e Fabrício Boliveira entram com uma cara e com a mesma terminam o filme. Rolam umas lágrimas aqui e uns hematomas ali pra alterar expressão, mas é só uma tentativa frustrada. A biografia de Renato (Somos Tão Jovens) já é uma bobagem e essa adaptação de sua música excepcional são dois exemplos de um cinema em cima do muro, sem graça e sem radicalidade. Filmes pequenos e que não tem nada a ver com o genial artista que os inspirou.  

2 comentários:

  1. Ainda não vi Faroeste Caboclo. Assim que assistir direi se concordo ou discordo. Quanto ao Somos Tão jovens, realmente fugiu bastante a realidade, mas até que a família curtiu. Abraço Bueno.

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