quinta-feira, 13 de junho de 2013

Impossible dream...


Assisti BEHIND THE CANDELABRA, o filme do Steven Soderbergh sobre a vida íntima do pianista Liberace com seu namorado mais famoso, Scott Thorson. Soderbergh continua Soderbergh, aquele diretor que não acredita no poder mágico do cinema e que adora reduzir tudo a um comentário seco e burocrático, como se arte e imaginação fossem coisas que não se completam. Mas... e nesse caso o “mas” é determinante, aqui e ali, Soderbergh permite-se alguma emoção e sensibilidade, dando toque de humanidade e poesia à duas vidas (Liberace e seu amante) que foram brilhantes sob os holofotes, mas ordinárias (como de resto todas as vidas) na intimidade. Não é nada fora do comum, nem nada que chame demais a atenção, porque a realidade pintada por Soderbergh insiste em gritar sordidez e patetice. Acontece que vivendo Liberace está Michael Douglas e seu amante Scott, Matt Damon. E eles destroem. Além da mera composição e da maquiagem, esses dois incríveis atores emprestam sentimentos contraditórios e profundos a seus personagens de uma forma sincera, natural e definitiva. E é através deles que Soderbergh atinge nossa alma e consegue pelos olhos desses dois apaixonados atores fazer um filme muito especial. “Behind The Candelabra” se não se interessa pelo grande performer que era Liberace, investiga a sua vida pessoal, mostrando que nas coxias, seja do palco ou da vida, tudo é muito igual e bizarro. Dá um golpe de mestre ao terminar o filme de forma brilhante, numa sequência de grande emoção e que mostra o ator sensível que é Matt Damon. Um filme para marcar a carreira desses dois atores, dois artistas maravilhosos: Michael Douglas e Matt Damon!

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